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BOM DIA, DIAZEPAM! (Alguém chamado Lars disse)

  • Lars Erick
  • 24 de ago. de 2016
  • 2 min de leitura

Quando se está numa deprê é mais difícil perceber e valorizar os controlados flagelos de felicidade que a vida disponibiliza. Apesar de assistir “Bom dia, Vietnã” sob um olhar pós-traumático de dias difíceis, não deixei a amargura dos meus sentimentos estragar a mensagem positiva do filme.

Quando digo mensagem positivista, não me refiro àquele sermão meloso da sessão da tarde. Também não ouso dizer que este filme vai salvar a sua vida, como anunciam alguns workshops de autoajuda, apenas que é possível dar risada no meio de uma guerra. ~ Metáfora que significa que é possível sorrir no escuro.


Robin Willians é o ator ideal para o papel: carismático, engraçado e sofria de depressão. Adrian Cronauer é um radialista/DJ enviado ao Vietnã após sua repercussão positiva nas ilhas gregas. Desde o começo está claro sua fama de brincalhão, já que todos os radialistas americanos da base o conhecem e o admiram por isso.


Acostumado a quebrar protocolos e não bater continência, apresentação comportamental, Cronauer faz seu primeiro programa com inovações no estilo de apresentação, como na entonação das falas e músicas que apresenta. Abaixo, uma de suas marcas registradas: (DUBLADO PQ SIM).

A narrativa do radialista em Saigon (Vietnã) segmenta em três grandes ramos, que entendo que foi utilizado para mostrar três lados da guerra: a relação conturbada com seus superiores (quem nunca?); a paixão por uma jovem vietnamita e a “amizade” com um jovem vietnamita. A partir da convergência destas três histórias, obtemos o desfecho do filme, que graças a Deus não é forçado.


Dois de seus superiores são a caracterização do pensamento norte-americano, da década de 70, tido como careta, que nutrem valores da “família de bem”, “certo e errado”, “anti-comunismo”e contra a auto-expressão através das artes e músicas. Uma crítica aos pensamentos retrógrados da década passada (lembrando que o filme é de 87).



Quanto ao seu interesse pela jovem vietnamita Trinh, feita pela tailandesa Chintara Sukapatana, mostra o lado dos cidadãos vietnamitas que não tem nada a ver com a guerra. Estão no meio de uma luta de poder, tentando manter seus costumes diante da aglutinação cultural que o Estados Unidos quer impor ao mundo. Já o irmão de Trinh, Turan, representa o ódio comunista aos Estados Unidos, apesar da amizade com o Robin Willians.





~SPOILER~






Ele não dá nenhum beijo na jovem, não continua amigo do vietcong infiltrado e perde seu programa na rádio por ter se envolvido com a força terrorista vietnamita (mesmo sem saber).

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