Eu odiei Esquadrão Suicida! (Alguém chamado Lars disse)
- Lars Erick
- 9 de ago. de 2016
- 2 min de leitura
Não sei por onde começar. Esquadrão Suicida é realmente muito ruim. Confesso que nos primeiros momentos relativizei seu mal desempenho em conversas com colegas de trabalho, familiares e amigos. Porém, não posso fugir muito do que realmente aconteceu: um fracasso.

Começaremos com a definição de fracasso (no dicionário informal online): Refere-se ao estado ou condição de não atingir um objetivo desejado ou pretendido. E foi exatamente isso que aconteceu, a expectativa através de trailers e marketings colocaram o filme num pedestal que não deveria estar.
O arco dos personagens é fraco. O único com motivações, no mínimo, “aceitáveis” é o Pistoleiro (Will Smith), que nem chega a ser um vilão. De resto, todos do esquadrão caem em clichês ruins de filmes de ação e simplesmente existem numa trama inócua.
Amanda Waller, congressista do alto escalão dos Estados Unidos, é responsável por unir o “Esquadrão Suicida”. Também é responsável por libertar a “Magia”, uma bruxa super poderosa (Cara Delevingne). Ou seja, ela libertou um uma feiticeira milenar só para provar que os USA precisava de um time de supervilões. Essa é a Born History.


A Arlequina de Margot Robbie é supersexualizada de uma maneira desnecessária, existindo cenas dentro do filme simplesmente para mostrar como ela é sexy. Sua personagem tem “frases de impacto” em momentos inoportunos e sem impacto que deveria causar. Característica que não pertence apenas a Arlequina, mas a todos. Em diversas vezes as piadas e os diálogos não funcionaram.


Falando de Arlequina, seu criador, o Coringa (Jared Leto) participa do filme como um cachorro apaixonado, que corre atrás de sua amada. Essa é outra gafe do roteiro. Um Coringa cafetão, com tatuagens e apaixonado. Leto não está ruim, mas o novo Coringa não é convincente. Seus trejeitos são bons, só que fora de hora. Existindo apenas por enfeite. O Coringa está solto na história, é uma corda enfeitada e desamarrada na história.
O filme parece aquela redação do Enem acabada no último minuto. A argumentação do roteiro feita por David Ayer, que é também diretor do filme, é rasa. Talvez porque a história seja razão ou porque os próprios personagens sejam desinteressantes.

Os pontos positivos do filme além do marketing: não tem. Brincadeira, a trilha sonora é boa, mas diversas vezes faz com que o filme se pareça com um vídeo clipe. Músicas que em geral são de conhecimento do público, para tentar engajar esta narrativa boba. Suprir algo que carece: roteiro. “Coração de Ferro” e “Dia de Treinamento” seguem sendo os melhores filmes do diretor.
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